31 de mar. de 2012

ESCOLA SUSTENTÁVEL

Ambiente da escola e da vida escolar
“O ambiente da escola é um conceito difícil de se definir mas experienciado por todos os professores e alunos. O “ambiente” da escola é criado pela – e tem uma forte influencia na – magnitude das relações entre estudantes, professores, funcionários e lideranças da escola, pais e comunidade exterior.  Como tal, o “ambiente” da escola é experienciado de formas diferentes pelos diferentes grupos (professores, alunos, etc). O “ambiente” dentro de cada um destes grupos pode, também, ser experienciado de formas muito diferentes”
       Breiting, S. et. al. (2005).Quality Criteria for EDS-Schools.Viena: Austrian Federal Ministry of Education and Culture, p. 37
A EDS (Educação para o Desenvolvimento Sustentável)pode ter uma influencia muito positiva no ambiente escolar, ajudando a promover o pensamento crítico, a clarificação de valores, a aceitação dos outros e reconhecimento do seu ponto de vista, o comprometimento efetivo com a comunidade como um todo, a prática de dinâmicas democráticas, etc.
         Promover um ambiente democrático, participativo e responsável na escola constitui-se como uma grande ajuda para a aprendizagem de competências da ação em contextos sociais mais alargados.

Cooperação com a comunidade e estabelecimento de parcerias
“Uma das ideias centrais da EDS é ser localmente relevante e construir ‘conhecimento local situacional’. Nesta lógica, as escolas não são mais instituições separadas do mundo real, propondo conhecimento geral, abstrato, mas tornaram-se instituições sociais ativas, reconhecidas como stakholders relevantes no desenvolvimento da comunidade (p.43). (...)
Um aspecto central da ligação em rede e das parcerias é o regular e sistemático desenvolvimento e partilha de experiências e informação relevantes para a EDS. Interligação em rede e estabelecimento de parcerias podem tomar lugar a diferentes níveis: interligação entre escolas vizinhas, entre escolas e ONGS ou organizações oficiais que promovem desenvolvimento educacional no domínio da EDS (universidades, centros ou associações com experiência em formação de professores) ou inter-relação com parceiros internacionais (p.44)
       Breiting, S. el al. (2005).Quality Criteria for EDS-Schools.Viena: Austrian Federal Ministry of Education, Science and Culture, pp. 43-44
O primeiro passo para concretizar esta perspectiva é utilizar os problemas e características da comunidade como recursos para trabalho de campo e aprendizagem ativa. Outros aspectos importantes são: fazer com que a escola seja vista como uma voz que contribui para o desenvolvimento local sustentável; oferecer a escola, suas instalações e equipamentos para estudos e ação comunitária. As escolas devem tornar-se centros educativos “abertos”, recursos de competências especializadas e parceiras de responsabilidades comunitárias com outras organizações locais. O exercício da cidadania ativa deve envolver a escola.
         Uma boa parte das iniciativas educativas (especialmente, de educação não formal e informal) ocorrem em espaços que não são o espaço escolar ou em “territórios escolares” específicos (como clubes, por exemplo).
         A enorme diversidade desses ambientes impede a sua completa enumeração. Contudo, entre os principais deles podem considerar-se: museus de diversas naturezas, jardins botânicos, hortas comunitárias, associações culturais e/ou desportivas e/ou de recreio locais, clubes, etc.
         A pergunta a fazer, a propósito destes espaços e das iniciativas que neles são promovidas, é a seguinte: o que fazer para que a instituição e/ou iniciativa contribua para a promoção da EDS. Ou, dito de outra forma, o que fazer para reorientar a dinâmica da instituição e/ou planejamento da iniciativa, de forma que ela contribua, de alguma forma, para a construção de um futuro, sociedades e tipos de desenvolvimento mais sustentável.
         Uma escola empenhada em promover EDS está empenhada em aprender para o futuro, convidando os estudantes e os professores a entrar na lógica de uma “cultura da complexidade”, utilizando pensamento crítico para enfrentar diversos desafios, clarificando valores, refletindo no valor educativo da participação e da ação, revendo os conteúdos e a pedagogia à luz da EDS.
         O fato de o desenvolvimento sustentável se assumir como processo e não como um conjunto de metas pré-estabelecidas aponta, exatamente, para a necessidade da EDS desenvolver competências de participação nesse caminho que, em conjunto, teremos que percorrer. Isso requer cidadãos ativos, criativos e críticos que sejam capazes de superar problemas e conflitos em clima de cooperação e capazes de combinar conhecimento teórico com ideias e inovações práticas. Como consequência o processo de ensino-aprendizagem deve ter o aluno no centro e providenciar contextos para desenvolver as ideias, valores e perspectivas dos alunos.
         Os professores devem, pois, considerar os alunos como agentes ativos na construção do seu próprio conhecimento. Trata-se do que muitos autores têm designado por construtivismo. Contudo, como outros autores têm assinalado, o termo construtivismo transformou-se numa designação multi-propósito que, de repente, já nem conseguimos saber, exatamente, o que significa.

Impacto ao nível da escola e da comunidade
         Apesar de não se poder resumir aos resultados físicos ou técnicos das ações escolares, o impacto da ação educativa e dos processos de ensino-aprendizagem nas escolas e na comunidade são importantes. Particularmente se, para além dos resultados objetivos em si, eles correspondem a uma efetiva participação de todos. Os professores podem e devem relacionar o ensino-aprendizagem de conteúdos disciplinares com a ação na escola e na comunidade. Ao fazê-lo tornam o processo de ensino-aprendizagem mais real e deixam mais explícita qual a sua importância para a construção de um futuro e sociedades mais sustentáveis.
Um modelo pedagógico orientado para a ação
Uma idéia muito enraizada na comunidade educativa (e, em especial, numa parte da comunidade da EA) é que o importante é educar para que cada um tenha comportamentos mais responsáveis e adequados a uma correta postura cidadã e ambiental. Do somatório desses comportamentos mais adequados, acabarão por surgir sociedades melhores. Tal posição assenta em dois pressupostos fundamentais que, embora contendo aspectos parcialmente corretos, são globalmente errados. O primeiro pressuposto é (embora, muitas vezes, de forma não totalmente assumida) filho direto de pedagogias de raiz behaviorista e determina fortes orientações comportamentalistas e ritualistas. O segundo pressuposto consiste no elogio (implícito ou explícito) do individualismo (muitas vezes disfarçado de humanismo) e filia-se em correntes de pensamento com longa tradição nas sociedades ocidentais.
Tais noções cruzam-se, no panorama educativo atual, com designações/conceitos (especialmente, competência e ação) que, podendo ter diferentes significados (no âmbito de diferentes teorias pedagógicas), acabam sendo confundidos ou englobados nas lógicas atrás referidas. Gera-se, assim, alguma confusão sobre o que fazer e como fazer.
Embora os comportamentos sejam importantes, eles não podem ser confundidos com ações e a idéia de competência, num sentido de complexidade, não pode ser confundida com a velha idéia comportamentalista e tecnicista que foi associada ao termo skill.
Assim, de acordo com a teorização de JENSEN & SCHNACK (1994) E JENSEN (2000) considera-se que o chamado modelo educativo de competência para a ação ou orientado para a ação, se demonstra particularmente adequado à promoção da EDS.
O modelo assenta, em três ou quatro idéias-chave:
a)   deve orientar-se para a ação e tendo em vista a resolução de problemas;
b)   devem criar-se condições para que tal ação seja voluntária e refletida;
c)   a competência para a ação deve, inevitavelmente, incluir a idéia de mudança;
d)   a mudança deve estar guiada por uma visão sobre o futuro que a forma de resolver os problemas de partida.
Convirá, contudo, começar por esclarecer um pouco o significado atribuído à designação “ação”. Embora seja difícil de definir exatamente, “ação” não é sinônimo de “comportamento”. Em primeiro lugar, uma ação pode englobar e engloba, normalmente, vários comportamentos. Em segundo lugar, uma ação tem uma natureza continuada, ou seja, tem a ver com algo que aprendemos a fazer no passado e seremos capazes de fazer no futuro, mesmo que, entretanto, certos aspectos se alterem. Assim, fazer coisas não é adquirir competência para a ação (embora possa estar relacionado). Fazer coisas pode ser simplesmente uma rotina comportamental que, de acordo com as leis do reforço, rapidamente se extingue se deixar de ser reforçada. Para, além disso, deve combinar-se adequadamente a aquisição de competências para a ação individual com a aquisição de competências de se envolver em ações participadas. A construção de um futuro mais sustentável exige que se equilibrem estas duas competências.
JENSEN (2000) fala de quatro grandes dimensões do “conhecimento orientado para a ação”.
1.   “De que tipo de problema se trata?” ou o “conhecimento sobre os efeitos” (JENSEN, 2000, p. 229). Trata-se do conhecimento acerca dos problemas ambientais (mundo não humano e relações entre homem e natureza não humana) e outros problemas característicos das sociedades atuais, especialmente, problemas sociais (mundo humano e relações entre pessoas). Trata-se de conhecimento sobre as conseqüências de certos estilos de vida, de certas maneiras de atuar (em termos individuais e coletivos). Este conhecimento é, fundamentalmente, de natureza científico-acadêmica (do âmbito das ciências físico-naturais e humano sociais) e, sendo um importante pré-requisito do desenvolvimento de competência de ação, só por si não a garante (podendo mesmo sugerir, se mal perspectivado, ações instrumentais, tecnicistas e totalmente afastadas da lógica que o modelo de competência para a ação defende).
2.   “Por que razão temos os problemas que temos? Conhecimento acerca das causas de fundo” (JENSEN, 2000, p. 230). Este conhecimento respeita os fatores que subjazem aos problemas considerados. Trata-se de um saber que pertence, essencialmente, ao domínio social, cultural e econômico em que, o conhecimento científico tem papel importante, mas onde outros saberes (especialmente, saberes tradicionais), os valores e a própria espiritualidade têm, também, um papel a desempenhar. O conhecimento sobre as causas deve se organizado numa lógica de complexidade, ou seja, deve valorizar a exploração da causalidade múltipla e inversa (as causas viram efeitos e os efeitos causas) e as cadeias circulares de causalidade.
3.   “Como podemos mudar as coisas? Conhecimentos sobre estratégias de mudança” (JENSEN, 2000, p.230). Reúne saberes acerca de como controlar a sua própria vida e mudá-la, sempre que necessário, e saberes sobre como participar e como contribuir para mudar a comunidade e sociedade em que vivemos. Como podemos estabelecer parcerias, para promover mudanças, como lidar com conflitos, como participar da análise de divergências e convergências. Trata-se, muitas vezes, de saberes do âmbito psicológico, político e sociológico, para além de saber educativo.
4.   “Para onde queremos ir? Conhecimento sobre alternativas e visões do mundo” (JENSEN, 2000, p.230). Esta dimensão é particularmente importante numa lógica de EDS. Trata-se do conhecimento sobre possíveis alternativas para a vida futura (individual, familiar, comunitária, mundial), para as sociedades do futuro e para os tipos de desenvolvimento que elas poderão adaptar. Estes conhecimentos englobam saberes de domínios muito diversificados, acerca de si e dos outros, da diversidade cultural do mundo hoje e no passado, das visões dominantes de diferentes possibilidades de utilizar a ciência e as tecnologias, em relação às pessoas e ao ambiente não humano; sobre os valores das sociedades humanas e os direitos humanos. Engloba, não só saberes científicos, mas também, saberes tradicionais, espirituais, sobre utopias, emoções e sentimentos, etc. Engloba os saberes necessários à análise e desenho de diferentes cenários.
Tal como Jensen assinala relativamente à saúde, o saber clássico centra-se no domínio 1. E, no caso do ambiente ou do ambiente e desenvolvimento, nos domínios 1 e 2. A associação destes dois domínios com os restantes determina a emergência de uma pedagogia orientada para a ação (pedagogia de competência para a ação).

ATIVIDADES:
1.   Comentar o texto e trocar opiniões acerca de seu conteúdo;
2.   Quais conhecimentos podemos transmitir aos nossos alunos acerca do tema estudado e quais ações podemos desenvolver;
3.   Diante o exposto em todo o curso e o aprendizado adquirido conseguimos desenvolver uma visão diferenciada sobre sustentabilidade e suas aplicações na sociedade, a escola passa a partir de então a ter profissionais qualificados e diferenciados com visão para o desenvolvimento sustentável, nós como corpo docente temos o papel de levar aos nossos alunos esse conhecimento partindo das nossas ações e atitudes em relação ao meio ambiente. Podemos desenvolver ações de sustentabilidade na escola (além das que a escola já realiza). Quais as ações que podemos desenvolver em nosso ambiente acadêmico, para transformar a “nossa escola” em uma escola sustentável? As sugestões serão encaminhadas a direção.

Agradeço a todos os “meus alunos” que durante esse mês puderam trocar aprendizados e experiências, espero que o curso tenha atendido suas expectativas.
Abraço a todos,
Prof. Beto

27 comentários:

  1. Luiz Rogério01/04/2012, 07:27

    Bom dia a todos os professores, muito interessante o texto, podemos observar que ter atitudes sustentáveis que ajudem a preservar o meio ambiente é bastante simples, porém temos que adquirir o habito de realizar tais atitudes, acredito que a maioria da população sabe o que deve ser feito neste sentido, porém devido a uma série de fatores acabamos por deixar de lado, volto a dizer é uma questão de adquirir o habito de separar o lixo, usar menos o carro (quando possível) dentre outras atividades, acredito que a escola é o local ideal para se começar a trabalhar ações de sustentabilidade que sirvam de exemplo para a comunidade, pois consegue atingir uma população ampla das nossas cidades (Estancias Turísticas de Igaraçu do Tietê e Barra Bonita), devemos falar mais com nossos alunos sobre o tema, e embora tenhamos lixeiras próprias, deveriamos divulgar por exemplo a quantidade de lixo que é produzida pela escola, qual a destinação desse material, se alguma empresa recolhe esse material reciclavel, para servir de exemplo de ação sobre o tema, podemos observar que o prédio da nossa escola é antigo o que não contribui muito ao tema aqui estudado, observamos que em construções mais modernas, existe uma preocupação com a sustentabilidade do planeta (sito como exemplo a CEMEI de Igaraçu do Tietê no bairro CDHU)cuja construção apresenta várias alternativas para melhor aproveitar os recursos naturais (ventilação, iluminação, utilização de materiais, impermeabilização do solo, dentre outras), como sugestão para escola podemos usar esse tema para a realização da semana tecnico cultural,e procurar dar ampla divulgação na mídia escrita e falada da nossa região e quem sabe servir de exemplo de sustentabilidade para nossa sociedade.

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    1. Luiz Rogério01/04/2012, 17:11

      Uma matéria simples e muito interessante:
      Quando o assunto é trabalhar meio ambiente e fazer da escola um espaço sustentável, é comum achar que isso implica em reformas na estrutura física do prédio e altos investimentos. Não é bem assim. O fundamental é permitir que os alunos incorporem ao cotidiano atitudes voltadas à preservação dos recursos naturais.

      "As crianças precisam iniciar esse processo desde cedo. Não basta falar e ensinar apenas com livros", diz Lucia Legan, autora do livro A Escola Sustentável, pedagoga e diretora do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (Ecocentro Ipec), em Pirenópolis, a 120 quilômetros de Goiânia. Também não adianta fazer um projeto de combate ao desperdício da água e deixar torneiras vazando e mangueiras abertas no jardim da escola.

      Ser ecologicamente sustentável significa apostar num desenvolvimento que não desrespeite o planeta no presente e satisfaça as necessidades humanas sem comprometer o futuro da Terra e das próximas gerações. Tal postura se enquadra no conceito de permacultura, criado em 1970 e segundo o qual o homem deve se integrar permanentemente à dinâmica da natureza, retirando o que precisa e devolvendo o que ela requer para seguir viva. Parece complicado, mas pode ser posto em prática com ações simples, como não desperdiçar água, cultivar áreas verdes e preferir produtos recicláveis.Sabe-se que, em pequena escala, tais procedimentos não revertem os danos causados ao meio ambiente, porém têm grande impacto na rotina escolar. "Temos consciência de que as iniciativas da escola são fundamentais para promover a conscientização dos alunos, os futuros adultos que tomarão conta do planeta", afirma Neide Nogueira, coordenadora do programa de Educação Ambiental do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo.

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    2. Olá, professor Olivato!
      Na Semana Técnico-Cultural trabalharemos com o tema sustentabilidade com os segundos anos do Ensino Médio. Aproveitamos a polêmica em torno das sacolinhas plásticas para conscientizar nossos alunos e comunidade.

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    3. Muito bom seu comentário prof. Olivato!

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  2. É muito importante a educação para um desenvolvimento sustentável principalmente nas comunidades em que vivemos. A escola cada vez mais esta se aproximando da comunidade em geral, fazendo uma integração ente a comunidade escolar (professores, alunos, funcionários, direção, etc.) com as empresas, entidades, associações, poderes públicos e esta trazendo grandes melhorias como um todo. A escola tem o papel de educar os alunos matriculados, mas também tem o poder de mudar a vida e os rumos de uma comunidade, pois o que se ensina vai ser aplicado e desenvolvido pela população e comunidade. Um exemplo de influencia é as cidades onde tem grandes universidades, estas se desenvolvem, as pessoas ficam mais cultas, surgem muitos empreendimentos e a comunidades se desenvolve como um geral, intelectual, financeira e moralmente. Exemplos próximos a nós podemos citar São Carlos, Botucatu, Bauru, entre outras.
    Sendo a escola um meio de educar e influenciar a sociedade, podemos educar para um desenvolvimento sustentável principalmente a comunidade em que vivemos. Começando com ações interna de sustentabilidade. A escola tem como obrigação tem ações sustentáveis se almejar ensinar sua comunidade a ser sustentável, pois como dizia o teólogo, músico, filósofo e médico alemão Albert Schweitzer: “Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única”.
    Podemos ensinar hábitos sustentáveis como: Evitar o desperdício de papel; apagar a luz ao sair do ambiente; desligar aparelhos eletroeletrônicos quando não esta sendo necessário ; utilizar produtos ate o final de sua vida útil, só comprando um novo quando realmente for necessário; dar preferência a produtos e empresas com selos de certificação, que o produto seja sustentável; compartilhar informações com a comunidade escolar; não comprar produtos piratas; separar o lixo para reciclagem. “Toda a arte de ensinar é apenas a arte de acordar a curiosidade natural nas mentes jovens, com o propósito de serem satisfeitas mais tarde”. (Anatole France, escritor francês)
    Diante de tudo isto podemos sim sugerir ações que envolvam a comunidade escolar. Estou com um projeto de implantar a coleta seletiva de lixo eletrônico. A ideia surgiu dos alunos em divulgar para a comunidade escolar os resíduos eletrônicos que podem ser recolhido para que não agridam o meio ambiente. Essa ideia surgiu a tema de TCC desses alunos, e eles sabendo do projeto da Transportadora RISSO em uma visita técnica, surgiu a ideia de colocar um ponto de coleta desse material na escola. Depois de autorizada a parceria com a empresa, já fizemos mais visitas a empresa, onde o idealizador do projeto orientou os alunos para fazerem a divulgação deste posto de coleta assim que chegar a caixa de coleta. Os alunos do 3.o ADM deste semestre estão de parabém pala iniciativa, eu como professor incentivei, viabilizei a parceria, conversando com a direção e a empresa, e o resto funciona sozinho.

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  3. Este artigo é interessante:

    Educação para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil

    A escala e a diversidade de seus recursos naturais fazem do Brasil um país de importância-chave em termos da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável.

    O Fórum Global para o Desenvolvimento Sustentável, realizado em Joanesburgo em 2002, propôs à Assembléia Geral das Nações Unidas a proclamação da Década Internacional da Educação para o Desenvolvimento Sustentável para o período 2005-2014. A proposta foi aprovada em dezembro de 2002, durante sua 57ª Sessão.
    Na qualidade de principal agência das Nações Unidas para a educação, a UNESCO deve desempenhar papel primordial na promoção dessa década, principalmente no que tange ao estabelecimento de padrões de qualidade para a educação voltada para o desenvolvimento sustentável. Seu principal objetivo é o de integrar os princípios, os valores e as práticas do desenvolvimento sustentável a todos os aspectos da educação e da aprendizagem.
    Esse esforço educacional irá incentivar mudanças de comportamento que virão a gerar um futuro mais sustentável em termos da integridade ambiental, da viabilidade econômica e de uma sociedade justa para as gerações presentes e futuras.
    Isso representa uma nova visão da educação capaz de ajudar pessoas de todas as idades a entender melhor o mundo em que vivem, tratando da complexidade e do interrelacionamento de problemas tais como pobreza, consumo predatório, degradação ambiental, deterioração urbana, saúde, conflitos e violação dos direitos humanos, que hoje ameaçam nosso futuro.
    O impacto das políticas públicas implementadas até o presente pode gerar efeitos de escala planetária, e é importante conscientizar e sensibilizar o público sobre as implicações desses esforços de preservação.
    O Escritório da UNESCO irá desempenhar papel primordial na promoção da Década Internacional da Educação para o Desenvolvimento Sustentável. A preservação do patrimônio ameaçado só será possível com a compreensão e a responsabilidade compartilhada de diferentes gerações.
    É fundamental seguir apoiando o aperfeiçoamento das políticas nacionais em ambos os temas, pois elas têm perfil transversal, com reflexos em várias áreas da vida nacional. Nesse sentido, a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (DEDS) incorpora dois segmentos fundamentais dentro desse perfil transversal, quais sejam a educação ambiental e a educação científica.
    Acesso em 30/03/2012 ás 20h22min
    http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/special-themes/education-for-sustainable-development/

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  4. Tive a oportunidade de participar de um projeto muito interessante desenvolvido numa escola particular.
    Formaram-se grupo de estudo com alunos do ciclo I, professores da área de ciências da escola e profissionais da área de biologia e jornalismo, pertencentes a uma ONG. O trabalho consistiu em encontros semanais durante aprox. 3 meses, aos sábados.
    O objetivo era desenvolver a consciência ambiental e ações afins. O professor de Biologia, um cara fantástico, conseguiu conduzir os temas com muita propriedade. Usou muita criatividade e dinamismo, slides, bate-papos, encantou a todos. Os jornalistas conduziram o desenvolvimento de matérias, construindo jornais, textos e histórias com os alunos.
    Fizemos caminhada ecológica e plantio de árvores. Participamos de um debate na emissora para discutir com a comunidade estes assuntos também. Pais e familiares foram convidados a se comunicar com os professores e alunos que estavam “no ar”.
    O resultado foi magnífico. Até hoje me lembro desses momentos que construímos juntos e do aprendizado que consegui introduzir dentro das minhas ações cotidianas e de todos que participaram dele. Confesso, muitas atitudes ainda precisam ser mudadas em mim, mas “gastar água em banho, lavando calçadas, torneiras abertas durante escovação, jamais!!!!!!...entre outras corriqueiras tão simples de serem adotadas e que fazem toda a diferença.
    Se fez tanta diferença nas minhas atitudes, que dirá com as crianças!!!!!

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    1. Luiz Rogério03/04/2012, 11:53

      Parabéns professora realmente uma experiencia muito interessante, e com certeza fez a diferença para muitas pessoas envolvidades neste projeto.

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    2. Gostei muito da experiência relatada. Poderíamos começar.....

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    3. Adorei a experiência!

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  5. Encontrei uma matéria muito interessante do jornalista André Trigueiro, de 2011, falando sobre a consciência sustentável nas escolas e gostaria de compartilhar um trecho com vocês.

    Tão preocupante quanto a extensa lista de prioridades – o que deveria inspirar um grande projeto nacional apartidário e de longo prazo – é reconhecer que os debates sobre modernização dos conteúdos pedagógicos ficam invariavelmente em segundo plano. Uma escola descontextualizada de seu tempo, encapsulada nas rotinas burocráticas que apequenam sua perspectiva transformadora, está condenada ao marasmo que entorpece sua história e o seu legado. É uma escola que não consegue mobilizar professores, alunos e a comunidade ao seu redor em torno de objetivos comuns que emprestem sentido à existência da própria instituição.

    Qual a função social da escola num mundo que experimenta uma crise ambiental sem precedentes na história da humanidade? Nossa capacidade de redesenhar o modelo de desenvolvimento e construir uma nova cultura baseada em valores sustentáveis depende fundamentalmente da coragem de mudar o que está aí. Que ajustes poderiam ser aplicados à grade curricular para tornar essa escola mais apta a preparar esses jovens para os imensos desafios que temos pela frente? Que novos gêneros de informação deveriam mobilizar a comunidade escolar na busca por respostas para questões pontuais sobre as quais não é mais possível negar a importância ou a urgência do enfrentamento? Como preparar essas novas gerações para um mundo que projeta um futuro difícil e extremamente desafiador em função das mudanças climáticas, escassez de água doce e limpa, produção monumental de lixo, destruição sistemática da biodiversidade, transgenia irresponsável, crescimento desordenado e caótico das cidades, entre outros fatores que geram desequilíbrio e instabilidade?

    O mundo mudou e a educação deve acompanhar as mudanças em curso. Nossa espécie é responsável pelo maior nível de destruição jamais visto em nenhum outro período da história e, se somos parte do problema, devemos ser parte da solução. Mas não há solução à vista sem educação de qualidade e urgente que estabeleça novas competências, novas linhas de investigação científica, um novo entendimento sobre o modelo de desenvolvimento em que estamos inseridos e a percepção do risco iminente de colapso. Precisamos promover uma reengenharia de processos em escala global que inspire novos e importantes movimentos em rede. Isso não será possível sem as escolas.

    A escola de hoje deve ser o espaço da reinvenção criativa, um laboratório de ideias que nos libertem do jugo das “verdades absolutas”, dos dogmas raivosos que insistem em retroalimentar um modelo decadente. Pobres dos alunos que passam anos na escola sem serem minimamente estimulados a participar dessa grande “concertação” em favor de um mundo melhor e mais justo. Quantos talentos adormecidos, quanto tempo e energia desperdiçados, quanta aversão acumulada ao espaço escolar justamente pelo desinteresse brutal e legítimo da garotada a algo que não lhes toca o coração, não lhes instiga positivamente o intelecto, não lhes nutre o espírito? Qual o futuro dessa escola? São cadáveres insepultos.

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  6. Continuação....

    Uma escola que use a sustentabilidade como mote desse revirão pedagógico amplo e inovador terá como princípio ético a construção de um mundo onde tudo o que se faça, onde quer que estejamos, considere os limites dos ecossistemas, a capacidade de suporte de um planeta onde os recursos são finitos. Temos ciência, tecnologia e conhecimento para isso. Novas gerações de profissionais das mais variadas áreas serão desafiados a respeitar esse princípio sem prejuízo de sua atividade fim. Tudo isso poderia ser resumido em uma palavra: sobrevivência. A mais nobre missão das escolas no Século 21 será nos proteger de nós mesmos.
    Ainda há tempo.

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  7. Sabemos que existem inúmeros ambientes com essas iniciativas educativas – museus, hortas, jardins botânicos clubes, associações culturais, mas será que realmente promovem a educação para o desenvolvimento sustentável?
    Penso que temos um trabalho árduo pela frente. O desenvolvimento sustentável se assume como processo e, por isso, precisamos trabalhar o aluno para transformar o pensamento e os costumes do homem e isso requer cidadãos ativos, criativos e críticos, capazes de resolver problemas e conflitos e com espírito de cooperação. Assim, entendo que as escolas assumem um papel importante para a Educação Sustentável, uma vez que ela é uma instituição social ativa. Atualmente, é porta voz de ações sustentáveis, faz parcerias, atua com projetos sociais e oferece equipamentos para estudos e ação comunitária.
    Nossa escola já promove há muito tempo ações que visam amenizar a ação degradante do homem no meio ambiente. A professora Rosário, por exemplo, já trabalhou uma vez com os alunos do 3º ano um projeto que buscou conscientizar os discentes sobre o acúmulo do lixo e a importância da reciclagem. Nas Semanas Técnico- Culturais também há salas com essa temática. Este ano mesmo, os 2º do Ensino Médio trabalharão o tema sustentabilidade e o foco serão as sacolinhas plásticas. A equipe gestora sempre nos orienta a trabalhar com essa temática. Enfim, é extremamente importante participar e contribuir para mudar a sociedade.

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    1. Muito bom conscientizar os adolescentes através da Semana Técnico-Cultural, pois é um evento muito reconhecido entre a comunidade escolar de nossa cidade!

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    2. Muito bem lembrado Meire! Todos os anos a escola apresenta um projeto ambiental. Parabéns aos professores do Ensino Médio e do Ensino Técnico que trabalham para que nossos alunos desenvolvam atitudes sustentáveis. Por exemplo, na próxima terça-feira haverá uma palestra sobre meio ambiente para as turmas de Administração.

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  8. Compartilho parte do trecho "Novos rumos a sustentabilidade", do site Conexão Professor, em http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=509


    A saída para uma efetiva reconstrução ambiental deve constar de uma reforma educacional interdisciplinar, orientada segundo os projetos pedagógicos de cada escola, ampliando-se o conceito de sustentabilidade. É o que propõe Ben Sangari, presidente da Sangari Brasil e do Instituto Sangari, empresa do segmento de educação que dissemina o conhecimento científico e promove a inclusão social no país, por meio de projetos que valorizam a educação e a cultura científica.

    - O debate sobre a sustentabilidade de nossas atividades no Planeta não pode mais excluir as questões relativas à Educação, pois o fato inegável é que chegamos a esta situação de alarme ambiental e social justamente pelo fato de que as metodologias de ensino utilizadas pela humanidade nos últimos séculos, que evoluíram relativamente pouco em comparação com outras ciências, falharam na preparação das sociedades para uma vida sustentável – critica Ben.

    E eu concordo com ele, nós educadores podemos colaborar com a mudança na consciencia humana, principalmente, através das crianças, o que não, de fato, uma tarefa curta e imediatista. Vejo como um processo longo, uma reconstrução de paradigmas. Mas, nesta vida, as glorias chegam com as batalhas, não é mesmo??????

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  9. A humanidade enfrenta um desafio crescente: manter o planeta Terra apto para a sobrevivência e o desenvolvimento das próximas gerações. É fundamental a sensibilização da sociedade para possibilitar uma relação harmoniosa entre ela e a natureza. Essa sensibilização inicia‐se na escola, pois tem um de seus objetivos a formação de cidadãos mais conscientes.
    Neste sentido devemos propor ações práticas e concretas no cotidiano escolar com embasamento teórico para a sensibilização e compreensão do seu conceito. Essas atividades devem ser elaboradas de forma que o aluno realmente interaja com o meio escolar, refletindo sobre suas ações no cotidiano, bem como analisasse as ações referentes ao meio ambiente do
    grupo social em que está inserido. A escola não pode se omitir do papel de transformação do individuo, tornando‐o critico e ativo no seu meio social, pois é por meio de ações conscientes que o individuo conquista seu espaço na sociedade, que a cada momento enfatiza vários tipos de responsabilidades dentro das quais se destaca a ecológica.
    Os Parâmetros Curriculares reforçam ainda a importância de se trabalhar na prática, mudando atitudes, revendo os valores, modificando seu ambiente de forma positiva. Nos dias atuais não há como deixar de lado as questões ambientais, mesmo sabendo que o mundo necessita de desenvolvimento, o meio ambiente não pode mais ser deixado de lado.
    Poderíamos contribuir em nossa escola, disponibilizando lixeiras seletivas na sala de aula, painéis e um jornal da escola (parece que já tem um projeto) com dicas ambientais. O projeto tem que ter uma participação ativa dos alunos e da comunidade contribuindo, assim, como uma melhor organização do espaço escolar, uma redução do lixo espalhado pelo pátio e a separação dos resíduos em sala de aula.

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    1. Ciça, vale lembrar que vocês, professores do ensino médio tiveram a iniciativa de desenvolver um projeto ambiental sobre o descarte de lixo com enfoque no uso de embalagens / sacolas plásticas que será apresentado à comunidade. Parabéns pela iniciativa!

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  10. Devido as melhores oportunidades de emprego, saúde, cultura e lazer, o homem, por escolha, optou por áreas urbanas. E o desafio do momento é transformar esses grandes centros em locais sustentáveis e agradáveis para se viver. Ao contrário das cidades antigas, que eram muradas para evitar o ataque inimigo, as metrópoles de hoje crescem sem limites. Elas concentram tecnologia e novas oportunidades de crescimento e geram inovação e desenvolvimento. Esse é o grande desafio apresentado às grandes cidades. Elas são o futuro do planeta urbano e devem ser vistas como oportunidades e não como problema. Mas nessas cidades há também os maiores desafios de gestão socioambiental. E por isso, precisamos discutir o destino do lixo e do esgoto domésticos e a qualidade do transporte público. Também temos de debater a falta de áreas verdes e a questão das moradias em locais irregulares. Mas como fazer isso? Primeiramente a questão da sustentabilidade deve partir de nós mesmo e levar os nossos conhecimentos à família, amigos, colegas e nós professores aos alunos da escola.

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  11. “Projeto: Escola sustentável”
    Objetivos
    - Geral Implantar práticas sustentáveis na escola.
    - Para a direção, a coordenação pedagógica, os professores e os funcionários Identificar e promover atitudes sustentáveis no coletivo e, individualmente, agir coerentemente com elas.
    - Para os alunos Desenvolver atitudes diárias de respeito ao ambiente e à sustentabilidade, apoiadas nos conteúdos trabalhados em sala de aula.
    - Para a comunidade do entorno Ampliar o interesse por projetos ambientais e se integrar em sua organização e implantação.

    Conteúdos de Gestão Escolar
    - Administrativo Levantamento da demanda dos recursos naturais que entram na escola (água, energia, materiais e alimentos), dos resíduos e da situação estrutural do edifício (instalações elétricas e hidráulicas).
    - Comunidade Envolvimento na questão ambiental, com construção de novas práticas e valores e a realização de interferências na paisagem.
    - Aprendizagem Desenvolvimento de habilidades que contemplem a preocupação ambiental nos âmbitos de energia, água, resíduos e biodiversidade.

    Material necessário
    Contas de luz e água, plantas do projeto da escola, planilhas para a anotação de dados sobre o consumo de recursos naturais, cartazes de papel reciclado para a confecção de avisos sobre desperdício, papeis para mapas e croquis e material escolar em geral.

    Desenvolvimento
    1ª etapa Planejamento em equipe
    Reúna os funcionários e inicie uma conversa sobre a importância de criar um ambiente voltado à sustentabilidade ambiental. Proponha a formação de grupos que avaliarão como a escola lida com os recursos naturais, o descarte de resíduos e a manutenção de áreas verdes ou livres de construção. É importante que a composição das equipes esteja acordada por todos, assim haverá motivação e interesse. Você, gestor, pode organizar a formação dos grupos, estimar os tempos e objetivos das tarefas e sugerir parcerias. Por exemplo, funcionários da secretaria que cuidam da compra de alimentos podem atuar com a equipe da cozinha.

    2ª etapa Diagnóstico inicial
    Oriente cada grupo a fazer uma avaliação atenta do assunto escolhido. Por exemplo, a equipe que analisará o uso da energia deve levantar informações sobre a distribuição de luz natural, os períodos e locais em que a energia artificial fica ligada, as luminárias usadas e a sobrecarga de tomadas. Já o grupo que cuidará da água levantará o consumo médio na escola e verificará as condições de caixas- d’água, canos e mangueiras. No fim, os resultados devem ser compartilhados com a comunidade escolar.

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  12. 3ª etapa Implantação
    Com base no diagnóstico inicial, monte com os grupos um projeto que contemple os principais pontos a serem trabalhados. Algumas soluções são:

    - Energia Incentivar a todos, com conversas e avisos perto de interruptores, a desligar a energia quando houver luz natural ou o ambiente estiver vazio; efetuar a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, mais econômicas e eficientes, e fazer a manutenção periódica de equipamentos como geladeiras e freezers.

    - Água Providenciar o conserto de vazamentos e disseminar, com lembretes nas paredes, a prática de fechar torneiras durante a lavagem da louça, a escovação dos dentes e a limpeza do edifício. Se houver espaço e recursos, construir cisternas é uma boa opção para coletar a água da chuva, que pode servir para lavar o chão e regar áreas verdes.

    - Resíduos Caso não haja coleta seletiva pelo serviço público, deve-se buscar parcerias com cooperativas de catadores. Além disso, é possível substituir, sempre que possível, sulfite, cartolina, isopor e EVA por papel craft reciclado e trocar o cimento pela terra prensada na construção de alguns equipamentos, como bancos no jardim. Outras iniciativas: manter composteiras para a destinação do lixo orgânico e a produção de adubo, implantar programas contra o desperdício de comida e promover o uso e o descarte corretos dos produtos de limpeza.

    - Biodiversidade Investir no aumento da superfície permeável e de áreas verdes cria espaços para o desenvolvimento de espécies animais e vegetais, além de refrescar o ambiente, diminuir a poeira e aumentar a absorção de água da chuva.

    4ª etapa Definição de conteúdos disciplinares
    Em reuniões com coordenadores e professores, levante os conteúdos pedagógicos que podem receber o apoio do projeto ao ser trabalhados em sala, como:
    - A importância da água para a vida na Terra;
    - O desenvolvimento dos vegetais;
    - A dinâmica da atmosfera terrestre;
    - As transformações químicas;
    - Os tipos de poluição;
    - Os combustíveis renováveis e não-renováveis;
    - As cadeias alimentares;
    - Os ciclos do carbono e do nitrogênio;
    - A importância dos aquíferos;
    - O estudo das populações, entre outros.

    5ª etapa Sensibilização da comunidade
    Para aproximar as famílias e permitir que elas também apliquem as ações sustentáveis do projeto em seu dia a dia, é preciso envolvê-las desde o início. Nesse sentido, o diretor pode convocá-las a participar de reuniões e eventos sobre o tema, expor as mudanças implantadas na escola em painéis, apresentar as reduções nas contas de água e de luz e convidá-las a ver de perto a preocupação ambiental aplicada nos diferentes locais da escola.

    6ª etapa Manutenção permanente das ações
    Acompanhe o andamento das mudanças, anotando os resultados e as pendências. Reúna os envolvidos para fazer as avaliações coletivas das medidas adotadas. Não hesite em reforçar os princípios do projeto sempre que julgar necessário e procure levar em consideração novas sugestões e soluções propostas por alunos, educadores ou famílias. É importante ter em mente que essa manutenção deve ser permanente e não apenas parte isolada do projeto.

    Avaliação
    Retome os objetivos do projeto, recordando o que a escola espera alcançar, e questione se eles foram atingidos, total ou parcialmente. Monte uma pauta de avaliação sobre cada item trabalhado e retome aqueles que merecem mais aprofundamento. Avalie também o envolvimento da equipe e dos alunos, se todos estão interessados na questão ambiental e se eles mudaram as atitudes cotidianas em relação ao desperdício e ao consumo.

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  13. Acima o projeto bem interessante sobre o desenvolvimento de ações de sustentabilidade na escola foi obtido no site http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/projeto-escola-sustentavel-544933.shtml

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  14. Achei esse artigo muito bom!!
    É da autora Gabi Batista
    Site: http://www.atitudessustentaveis.com.br/conscientizacao/sustentabilidade-na-escola-o-dever-de-cada-um/


    "Sustentabilidade na Escola – O Dever de Cada Um"

    Educação AmbientalA educação está altamente atrelada às atitudes sociais, sendo que a escola é tida como base para formação de indivíduos conscientes e responsáveis. Portanto, um aprendizado focado na educação sustentável pode gerar cidadãos preocupados com os problemas ambientais e com suas devidas soluções. Mas para isso, é preciso difundir a importância da sustentabilidade na escola e como ela interfere na formação dos alunos, seja no ensino infantil ou na universidade.

    Algumas instituições trabalham em seu currículo o tema ecologia, mas a didática difere de uma para outra, sendo que certas escolas viram modelos ao darem exemplos de cidadania e sustentabilidade, dentro e fora do circuito escolar. Mas infelizmente a sustentabilidade na escola ainda é pouco difundida, a maioria não se dá ao luxo de desenrolar o assunto diariamente, às vezes abordam a questão apenas uma vez por ano, quando promovem a Semana da Ecologia e do Meio Ambiente. Durante esse período têm-se palestras, debates, gincanas; passada a euforia, volta tudo ao normal: preocupação mínima com a natureza. No entanto, a escola é apenas uma parte desse processo. O governo também tem que cumprir seu papel e aplicar essas práticas educativas nas escolas públicas, seja através da implementação de matérias voltadas para o cuidado ambiental ou de projetos focados em sustentabilidade.

    Na teoria, a educação ambiental ensina como deve ser feita a coleta seletiva, a importância de se preservar a natureza e como utilizar os recursos naturais e minerais de forma responsável. Porém a teoria não basta, é preciso que os estudantes vejam na prática o que aprendem no dia a dia. Atividades extracurriculares, como visitas a depósitos de reciclagem, plantio de árvores e ações comunitárias, ajudam a desenvolver a cidadania das crianças. E sempre que for introduzido um novo assunto na educação escolar é preciso que se faça uma pesquisa sobre os recursos, a qualidade e a metodologia que serão utilizados na abordagem do tema, pois, desse modo, o aluno aprende de forma clara e precisa.

    A sustentabilidade na escola, então, pode formar cidadãos conscientes sobre os problemas do meio ambiente. Mas para que haja essa formação e ocorra uma mudança real da situação é imprescindível à união do governo, da sociedade e da escola. Afinal uma andorinha só não faz verão.

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  15. Ações desenvolvidas pela FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação

    Ações implantadas para a racionalização do uso de recursos

    Atualmente, em respeito à legislação vigente e às normas fixadas pela própria instituição, a FDE adota as seguintes medidas nas obras que realiza com o intuito de garantir o adequado uso de recursos, seja na construção de novas escolas ou na reforma das unidades já existentes:

    Instalação de bacias sanitárias com volume de descarga reduzido (até 6 litros por descarga);
    Uso de válvulas de descarga para respeitar o volume reduzido acima citado;
    Adoção de torneiras de fechamento automático para lavatórios e bebedouros;
    Incorporação das válvulas de fechamento automático nos mictórios;
    Uso de torneiras com arejador nas pias;
    Utilização de torneiras de jardim e de lavagem com dispositivos para uso restrito;
    Uso de dispositivos restritores de vazão de água no sistema hidráulico;
    Proibição da utilização de madeira de espécies escassas ou ameaçadas na construção de escolas, abrangendo insumos, componentes e serviços em que a matéria é empregada;
    Banimento do uso de materiais cuja matéria-prima é o amianto;
    Instalação de lâmpadas de alto rendimento e isentas de mercúrio em componentes de iluminação nas obras novas e ampliações; e
    Implantação de reservatórios para retenção das águas de chuva com o objetivo de promover seu gerenciamento e contribuir para a absorção da água nos terrenos, evitando enchentes.


    Desta forma, as obras de novas escolas seguem rigorosamente as especificações que exigem o uso de equipamentos e técnicas construtivas que representem economia de recursos naturais, como a água, ou energéticos, como a eletricidade. Paulatinamente, as escolas já existentes vão incorporando tais equipamentos, à medida que as instalações originais são substituídas em obras de manutenção e restauração.

    Fonte: http://www.fde.sp.gov.br/PagesPublic/InternaProgProj.aspx?contextmenu=sustambi

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  16. Este comentário foi removido pelo autor.

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  17. Sabemos que a cultura da sustentabilidade ainda não foi adotada pela maioria da população e que educar para tal é algo complexo, mas necessário. A escola pode contribuir não apenas com ações, mas principalmente desenvolvendo no aluno competências para a ação. Tais competências devem abarcar o âmbito individual e coletivo, já que a sustentabilidade deve ser olhada como um desejo de todos. Ainda há muito que se trilhar em nossa sociedade na busca de uma cultura de coletividade, de pertencimento a um grupo, a um planeta, pois isto pode nos retirar do conforto do individualismo para uma concepção de cidadania planetária. Cabe à escola a missão de educar para a autonomia e para a consciência ambiental, que pressupõe a planetária, que só pode se instalar com o desenvolvimento da competência para a ação coletiva. As ações de recuperação e preservação ambiental na escola e em seu entorno são muito importantes para desenvolver no aluno o senso de responsabilidade para com o mundo que o cerca, mas devem ser permeadas pela intenção de que tais atitudes perdurem na vida na vida social e produtiva deste aluno. Para tanto, não bastam ações pontuais, mas principalmente o estudo do comportamento coletivo da humanidade, de como a sociedade se organiza para a produção e o consumo de bens que levam a conseqüências para esta mesma sociedade, dentre elas, a degradação do meio ambiente. Os conhecimentos de filosofia e sociologia são fundamentais para o desenvolvimento de uma leitura do mundo que o cerca, tornando-o capaz que de compreender e interagir de forma crítica com o objetivo de mudança.
    A escola pode e deve desenvolver ações locais para a preservação ambiental, mas devemos lembrar que ela só existe como organismo vivo quando vista como um grupo de pessoas que interagem. Então é do comportamento deste grupo perante a sustentabilidade que as ações podem ou não convergir para o esperado. São alunos, professores e funcionários que muitas vezes ainda não desenvolveram uma cultura de sustentabilidade. Por exemplo, se trabalharmos com o tema economia de água com os alunos, corremos o risco de que pessoas desta comunidade escolar não se importem em ver uma torneira vazando. Parece-nos a princípio uma atitude contraditória, mas assim será toda ação coletiva numa sociedade individualista que ainda não desenvolveu as competências para a ação coletiva. Encontrar culpados e responsáveis não levará a resultados mais positivos. O que podemos fazer é unir conhecimentos e habilidades para difundir o ideal de desenvolvimento sustentável. Minha sugestão para tal, além das ações já realizadas pela escola, é que se desenvolva um projeto com os alunos e funcionários da escola, a respeito do lixo, com pesquisas na própria comunidade escolar sobre o lixo produzido e sua destinação, com vistas a desenvolver ações que contribuam para a diminuição do lixo produzido e descarte adequado.

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